Na galeria de espelhos: brincadeiras de vertigens e espelhamentos
DOI:
https://doi.org/10.26893/rm.v7i14.248Palavras-chave:
Literatura, Mise en abyme, Jogos textuais, Labirinto, Mauris Cornelis EscherResumo
Este ensaio intertextual pretende refletir sobre o espaço visual de Mauris Cornelis Escher (1898 - 1972) e o espaço literário de Jorge Luis Borges (1899 - 1986) como construções em mise en abyme, como redes alegóricas que desnaturalizam os lugares regidos por estruturas determinantes ou fixas; como vivências discursivas, espaciais e temporais que subvertem estruturas determinantes ou fixas; como vivências discursivas, espaciais e temporais que subvertem estruturas lógicas. Tais reflexões terão como eixo e corpus o conto A Biblioteca de Babel (1941) e a obra Côncavo e Convexo (1955) com aproximações de conceitos desenvolvidos por Gerard Genette e Lucien Dällenbach. Considera-se que esses referenciais, providos da Literatura e de outras artes contribuem para a imbricação de percursos e problematização de outros modos de ler. Fabricadas de forma surpreendentes e inconcebíveis, uma vez que desarticulam o estabelecido, as obras em questão são questionadoras sobre a realidade através de seus próprios códigos e elementos.
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