Um Deus de pés de barro
DOI:
https://doi.org/10.26893/rm.v40i40.567Palavras-chave:
Machado de Assis, Crítica Literária, Exegese, Cânone Literário, Literatura ComparadaResumo
Perceber o que deixou de ser escrito deixa mais claro o que foi escrito. O dito serve para esconder o não-dito; o não-dito revela o perfil do dito. O dizer serve para não dizer o que poderia ter sido dito e não foi. Não se trata de exigir que se diga o que gostaríamos, mas discernir o que foi dito pelo perfil do que não se disse. Não é apenas inventar uma história que ele deveria ter contado, mas ver como o contado serve para despistar o mais relevante. Perguntar se o “mais importante escritor brasileiro” simpatizava ou até estava em conluio com a oligarquia latifundiária recoloca em pauta o perfil do que tem sido canonizado. A análise de um conto sintomático não deveria ocultar o sistema canônico que nele se manifesta. O sintoma é ignorado pela exegese canonizante, mas esse ignorar é revelador tanto dela quanto do cânone.
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