Revista Mosaicum

"Os bondes literários” de Moacyr Godoy Moreira: itinerários de límpidas contações

Silas Corrêa Leite — 2025-01-16

Analisa os pressupostos literários em O Itinerário dos Bondes e outras histórias de desejos irrealizáveis, de Moacyr Moreira Godoy, publicado pela Editora em 2024. Moreira escreve como quem avalia o paciente, avalia e exprime pulsos, suores, momentos, desvios, situações hilárias, desconexões, e jazzfluências, contando de um jeito que prende o também paciente leitor com o diagnóstico que o médico escritor destila, em belos lampejos de fluentes narrativas.

Direito e empreendedorismo digital: os impactos da tecnologia e inovação no fazer jurídico

Maria da Conceição Lima Melo Rolim — 2025-01-16

Este estudo examina a interseção entre o Direito e o Empreendedorismo Digital, analisando de que maneira a tecnologia e a inovação estão impactando o campo jurídico. Sob esse enfoque, a pesquisa investiga como os avanços tecnológicos podem criar modelos de negócios e suas características. Salienta-se a importância da adaptação dos profissionais do Direito às mudanças advindas da Indústria 4.0. A questão central abordada é: de que maneira as inovações tecnológicas estão remodelando o cenário jurídico contemporâneo e influenciando a prática do Direito, especialmente no contexto do Empreendedorismo Digital? Como resultado, evidencia-se que a tecnologia está transformando a natureza do trabalho jurídico, permitindo que os profissionais do Direito se tornem mais eficientes e produtivos com a adoção de tecnologias de ponta. Além disso, com o surgimento do Empreendedorismo Digital, o direito está sendo adaptado e servindo de baliza para acomodar as novas questões que surgem com a ascensão dos negócios digitais.

Editorial - número 49

Wilbett Oliveira — 2025-01-16

Editorial da Revista Mosaicum, número 40

Um Deus de pés de barro

Flávio R. Kothe — 2025-01-16

Perceber o que deixou de ser escrito deixa mais claro o que foi escrito. O dito serve para esconder o não-dito; o não-dito revela o perfil do dito. O dizer serve para não dizer o que poderia ter sido dito e não foi. Não se trata de exigir que se diga o que gostaríamos, mas discernir o que foi dito pelo perfil do que não se disse. Não é apenas inventar uma história que ele deveria ter contado, mas ver como o contado serve para despistar o mais relevante. Perguntar se o “mais importante escritor brasileiro” simpatizava ou até estava em conluio com a oligarquia latifundiária recoloca em pauta o perfil do que tem sido canonizado. A análise de um conto sintomático não deveria ocultar o sistema canônico que nele se manifesta. O sintoma é ignorado pela exegese canonizante, mas esse ignorar é revelador tanto dela quanto do cânone.

A precariedade do esclarecimento

Arturo Gouveia Araujo — 2025-01-16

O conto de Machado de Assis enfoca uma das maiores contradições da realidade brasileira no século XIX: a busca da modernização do país, a serviço da ideologia europeia realizada em um dos países mais sustentados pela escravidão. No conto “O caso da vara”, a violência escravocrata recai sobre criança, um dos temas mais originais da literatura na época.